sábado, 31 de maio de 2008

eu vou...

Hoje vou-me dedicar a realizar um sonho de adolescência...ver uma banda de referência ao vivo.

Cresci com eles, a ouvir a música deles como se tivesse sido escrita especial e particularmente para mim «Always»,por isso hoje «you wanna make a memorie, you wanna steal a piece of time, and you can sing the melodie to me and I could right a couple lines....».

sábado, 24 de maio de 2008

ilusões...

Vivi durante muito tempo na linda ilusão de que os sentimentos mais profundos eram uma espécie de doença. Tipo...«eu? apaixonar-me?! Deus me livre e guarde!».

Claro que isto era uma grande parvoíce...volta não vira lá caía nesse erro (mas que nunca ninguém soubesse, que isso era uma vergonha insuportável).

Para mim, bom bom eram as relações tipo sushi, ou o fast food da comida japonesa como alguns lhe chamam, ora aí está a metáfora perfeita.

Muito bom para a alma, fácil e rápido de cozinhar, e com um óptimo sabor no final, 'Bora lá pagar a conta e ala que se faz tarde.

Sem pensar muito bem na dor que pudesse causar, sem querer ter muito trabalho, sempre muito consciente daquilo que me faziam de bom, da alegria e da amizade e também dos finais menos bons.

Mas nunca me dei ao trabalho de pensar que tudo tem uma causa e um efeito, também não perdi muito tempo a pensar nas atitudes que poderiam magoar aqueles que me eram queridos(mas para quê?não quero, não quero,não quero!)

Claro que o Universo não anda a dormir e passou meses, anos senão séculos a dizer-me «Oh Ana, vê lá se atinas e se compras uns travões, que bem precisas».

Como é óbvio deixei o Universo a falar sozinho, não tinha paciência para o ouvir, e então ele mandou-me algumas pessoas que me pudessem explicar isso por A+B,e eu lá fui percebendo.

Exactamente como no «Sangue no pescoço do gato», tipo ET a repetir frases até elas entrarem no cérebro e serem interiorizadas- a tua luta não foi em vão little Jo! Aos pouquinhos foi entrando até estar completamente percebido.

Mas não é sobre isso que quero falar, é só a introdução. A maior parte das pessoas perde muito tempo a pensar em como a vida é mesmo cabra («desaperta o garrote, dá a volta a esse mote» dizia o génio) e eu também perdi muito tempo nesse jogo.

Depois de muita refinação,finalmente consigo pensar em todas as atitudes que tive e que não foram nada bonitas, ainda que na altura me parecessem o mais natural da vida e enquadradas na minha filosofia de «pira-te da minha vida que não fazes aqui falta nenhuma e não quero falar contigo e mais não digo».

É curioso como podemos passar largos anos sem fazer esta auto-análise/crítica e quando a fazemos ela nos atinge como se de uma onda gigante se tratasse. Mas já não podemos voltar atrás; já está, já está e não há volta a dar e se os principezinhos da vida voltam para o planeta B609 azar o nosso, que devíamos era ter pensado nisso antes.

O que é mesmo muito importante perceber é que nem tudo acontece por geração espontânea, por vezes temos mesmo de ter trabalho, ceder algum do espaço do nosso casulo e participar nalguma espécie de construção-seja ela por amizade ou qualquer outra coisa do estilo, nem tudo nasce do vento, enquanto estamos a olhar, e é mesmo bom pensar nisso e agir em conformidade.

Por ser meia Maria-rapaz nunca pensei nisso como deve ser, sempre achei que alguns momentos eram causa directa e efeito de outros, sem me aperceber muito bem da quantidade de diamantes que me eram oferecidos sem que eu tivesse o mínimo trabalho, quando me começaram a dar safiras ou topázios achei esquisito à brava (mas em bom rigor ainda podia descer mais, de qualquer das formas não era a isso que estava habituada e quero diamantes e não pedras do caminho por mais bonitas que sejam!).

Estranha forma de visionar tantas coisas boas- que antes não via, elas estão lá, sempre estiveram, eu é que não sabia apreciar.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

FDL e alguns bons momentos

A FDL foi durante muito tempo um sítio ao qual chamei casa, ainda chamo.

Nela fiz grandes amigos, tive grandes momentos, desenvolvi sentimentos que dificilmente vou voltar a encontrar.

Um desses momentos foi o encerramento da faculdade. Uma luta mais do que justa que só podia ser ganha através de meios que não deixassem margem para dúvidas. Era necessário adoptar uma posição de força.

No final ganhámos o braço de ferro e foi uma sensação fantástica. Podíamos ter feito mais? Talvez. Podíamos ter aproveitado para conseguir que tudo mudasse? Provavelmente...

Num caderno de reivindicações com bastantes páginas conseguimos o principal e foi isso que contou.

O rescaldo ainda a quente desses dias foi registado no «lado quente da saudade» muito poucos dias depois e fica aqui para mais tarde recordar:

FDL....

Há momentos que persistem no tempo, momentos que por serem tão especiais ficam guardados num lugar reservado apenas aos grandes feitos, momentos que de uma forma ou de outra são eternizados.
Esta semana FDL teve um desses momentos.Estou certa que durante muito tempo este momento ficará connosco e porquê?Porque nos unimos todos em torno de uma causa que para nós era importante o suficiente para merecer noites ao relento e outros sacrifícios semelhantes.Causa essa que se traduziu numa vitória, numa cedência que foi mais que justa.
É com um orgulho diferente que agora entro naquela casa que agora é um pouco mais minha.
De uma forma ou de outra honrámos a nossa academia, a memória de tantos que como nós lutaram pelo que consideravam justo, a memória daquelas figuras que todos os dias nos olham ao sair da faculdade depois de mais um dia.
Finalmente dissemos basta a tantas e tantas humilhações que todos os dias tínhamos de suportar, desde a duvidosa discricionaridade na atribuição de notas até às lições de prepotência que não nos estimulam a sermos melhores, que exultam a mediania.
Tudo isto é ainda muito recente mas tenho a certeza que para além de vermos os nossos pedidos satisfeitos(quer dizer...a bem da verdade eram mais exigências mas assim fica mais bonitinho) conseguimos ainda uma tremenda aula prática. lições que só no futuro saberemos quais são.

de volta a casa

Há muito,muito, mas mesmo muito tempo costumavam dizer-me que tinha jeito para escrever umas coisas.

A idade, a parvoíce ou a simples perguicite afastaram-me desse que era um dom muito meu.

Ao longo do tempo surgiram algumas parcerias nalguns blogs mas por um motivo ou por outro todas acabaram por morrer na praia.

Surge agora o «de volta a casa», um blog despretencioso só naquela de escrever umas coisas e voltar a adquirir o jeito, com muita ironia nalgumas ocasiões e bom humor noutras, a ver o que resulta no final.

Para começar, e também porque a sensação de estar em casa só surge para mim num único local aqui fica um dos textos de uma dessas parcerias frustradas, fala sobre a minha cidade e de como é bom voltar a casa

saudades...

saudades...tenho saudades da minha cidade refúgio, da cidade onde me sinto bem por muito mal que a minha vida esteja.Tenho saudades da cidade que me recebe sempre de braços abertos e à qual é sempre um prazer voltar...tenho saudades das manhãs no palácio de cristal; da simpatia de toda a gente na rua, nas lojas, em todo o lado...tenho saudades de acordar e ver a foz e aquele rio como não há outro.Tenho saudades da sensação cada vez que ouço a menina do alfa anunciar que estamos quase a chegar e da alegria ao sair do comboio.tenho saudades de gostar que chova porque isso vai emprestar uma magia diferente à cidade.tenho saudades de ouvir a pronúncia tão diferente da minha mas à qual atribuo tantos significados.tenho saudades da rua d s. catarina e até da torre dos clérigos (apesar das vertigens que sinto cada vez que a subo). Um dia alguém me disse baixinho e com o sotaque de uma cidade que dista apenas 50kms desta que eu amo (hum....que difícil será adivinhar.....) que nunca me ía deixar cair porque me me ía segurar- para mim o Porto é a cidade que nunca me vai deixar cair e mesmo que o faça vai estar lá para me segurar.