quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Anita parte...parte quê?

Podíamos ter visto as estrelas do ponto mais alto,podíamos ter conjugado uma série de paixões numa só, se calhar até aconteceu...aviões e paixões e cidades preferidas e profissões ou vocações, e aeroportos, e coisas assim...

Vejo as fotos agora e não posso deixar de pensar que podia ter estado lá, que adoraria ter estado lá, que preferia ter estado lá, que nalguns momentos até estive...

Vejo as minhas fotos em momentos fugazes, numas apareço, noutras sei que estou lá sem aparecer, só a captar o momento, noutras é só o meu sorriso.

E,once again, dou por mim a pensar que os momentos são meus só porque existiram, só porque eu estive lá e as pessoas também.

Sei que sou quase sempre, a primeira a pirar-me mas recebo um telefonema, ou dou por mim a matar saudades de alguém e...chego à conclusão de que apesar do que possa ter acontecido entretanto, prefiro assim. Há sempre um sorriso associado a momentos em que tocamos nas estrelas e descemos logo a seguir.

Quando não queremos permanecer nas estrelas, mais tempo do que é permitido, tudo se torna mais fácil, e sem dúvida muito mais divertido, e podemos olhar para trás e pensar «ainda bem que o final foi este e estás bem e tenho a tua amizade e blá blá blá».


Hoje aconteceu um desses momentos que não são coroados pelo ciúme mas sim por um enorme respiro de alívio, e de uma enorme ternura pela felicidade alheia.

Until my moment arrives:



ps: just understand ,like I know you do, and I'll be fine.

ps2: associado a este post há um que me veio à memória do C'era una volta e que nasceu de uma conversa entre mim e a minha mana que eu escolhi: as casas boas ou são muito caras ou estão situadas muito longe. Claudini, estive à procura desse post mas não encontrei, quando encontrares manda-me, ok?

No final do dia é só a Anita parte...parte quê?

«Nothing promised, no regrets»

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

uma tremenda surpresa!

Quando eu andava no secundário, a preparar o que se esperaria que fosse um grande futuro, tive oportunidade de aprender uma série de coisas úteis e outras nem tanto.

Claro que tive de perder muito tempo com professores que não valiam um tostão e que nalguns casos percebiam menos da matéria em causa do que eu (que saudades da minha professora de inglês do 11º ano...fez-me perceber que se ela tinha um emprego não seria difícil para mim conseguir um também)-para esses há uma palavrinha que não posso deixar de lhes dedicar:isto de ser avaliado, e ser obrigado a ser competente, e deixar de estupidificar pessoas dói, não dói?

Parêntesis à parte existe uma matéria que nunca considerei tempo perdido, o estudo da maravilhosa língua portuguesa. Sério. Com todas as suas obras literárias, com todos os nossos autores de talento sublime, com todos os nossos poetas (Fernando Pessoa allez, allez) e principalmente com todas as suas figuras de estilo.

A minha preferida? Sem dúvida que foi desde sempre a ironia. É a que vejo ser aplicada mais vezes na vida real, e é também a que utilizo com mais frequência. Sei que me vou dar bem com uma pessoa quando ela compreende os meus momentos de ironia. Também é dessa forma que sei reconhecer uma pessoa inteligente, não há melhor teste que esse.

Direi mais, direi que a minha grande paixão (ou seja lá isso aquilo que for, enfim...aquela pessoa mais especial de todas, que dificilmente será ultrapassada), persistiu durante imenso tempo precisamente por isso, nunca tinha que rematar qualquer frase, nem qualquer piada, com o clarificar da coisa «estou a ser irónica». Poupava-me imenso a paciência e isso é algo que eu adoro.

Enfim...tudo isto para chegar a este ponto: mais uma vez vi a ironia reflectida neste portuguesa maneira de existir quando li no jornal que o nosso amado, mui amado, Teixeira dos Santos tinha sido considerado pelo Financial Times o pior ministro das Finanças da União Europeia. Que tremenda surpresa!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Change we can believe in

As únicas eleições que me mantiveram acordada a noite inteira foram as da FDL e havia uma boa razão para isso: tinha interesse directo nelas.

A adrenalina dos resultados é algo indescritível, e ouvir o nosso nome no final...UAU.

Hoje dou por mim acordada a horas que ficam completamente fora do normal em relação a eleições que só me afectam indirectamente.Não vou ser eleita para nenhum cargo mas a América e o mundo ganham uma nova oportunidade depois da época medieval que representou a governação Bush.

Para além do aspecto racial as políticas de Obama são, sem dúvida, bem mais adequadas ao contexto actual que as do seu opositor. E por contexto entenda-se a nível económico, social, política externa, etc.

Pode ser que finalmente os americanos saibam o que é um sistema nacional de saúde.

Pode ser que finalmente os americanos deixem de olhar só para o seu umbigo e aprendam a dialogar com os seus parceiros externos.

Pode ser que finalmente os americanos deixem de travar guerras inúteis.

Pode ser que finalmente os americanos deixem de colocar a tónica em aspectos periféricos como, por exemplo,o racial, parece-me que já o estão a fazer.

Infelizmente o aspecto racial é, também,um actor principal destas eleições e também por aí é impossível não ficarmos todos com um sorriso no rosto. O sonho de Martin Luther King está a começar a tornar-se realidade.

Temo que o novo Presidente possa não cumprir o mandato até ao fim (aqueles rednecks do sul...ui!) mas já escreveu uma página MUITO importante da História e por isso: MUITOS PARABÉNS OBAMA!