terça-feira, 28 de outubro de 2008

Epifanias

«Sabes como são os advogados...» Sabia, sabia exactamente como eram e também sabia que não queria ser assim.

Os advogados que conhecera na infância nada tinham a ver com os seres arrogantes e prepotentes com que se cruzara agora.Lado humano? Interesse em resolver a questão? (porque tal como diz uma grande amiga minha «we are problem solvers»)Atender o telefone quando ele toca? Nada disso!Aliás...o que raios quer isso dizer?

Deu por si a recordar a primeira tarefa como estagiária, uma treta qualquer, uma consulta extremamente fácil a um processo qualquer.Quer dizer...fácil agora que já sabia como se fazia porque na altura foi o pânico no seu melhor.

Saiu do tribunal com a perfeita consciência que não tinha nascido para aquilo.

Também ninguém lhe explicara nada. «Vá lá ver isto» e ponto. De repente dois calhamaços à frente e agora resolva-se. E claro, o Drª no final.«Drª?, o nome é Ana! E prefiro mil vezes respeito verdadeiro a formalidades hipócritas».

Foi um bom sintoma que a brincadeira não ía, nem podia, durar muito tempo.

Sentou-se à frente do computador e alterou o currículo,mas desta vez para alguma coisa que valesse mesmo a pena.

Brincar aos estagiários? Sim...como se brinca aos cursos de inglês,e de informática, e de cerâmica.

Acabar o estágio porque, neste caso, desistir não é uma prova de força ou de inteligência táctica mas sim uma parvoíce.

Então vamos acabar isto e depois brincar a outra coisa. Parabéns Marinho Pinto! Menos uma!

1 comentário:

Anónimo disse...

Querida Dra Ana (pode ser assim?) :P

Se souberes trabalhar com flash e programar em AS3, posso ajudar-te a deixares a advocacia na gaveta das (más) memórias :D

beijos do leitor nº1,
Nuno