«Sabes como são os advogados...» Sabia, sabia exactamente como eram e também sabia que não queria ser assim.
Os advogados que conhecera na infância nada tinham a ver com os seres arrogantes e prepotentes com que se cruzara agora.Lado humano? Interesse em resolver a questão? (porque tal como diz uma grande amiga minha «we are problem solvers»)Atender o telefone quando ele toca? Nada disso!Aliás...o que raios quer isso dizer?
Deu por si a recordar a primeira tarefa como estagiária, uma treta qualquer, uma consulta extremamente fácil a um processo qualquer.Quer dizer...fácil agora que já sabia como se fazia porque na altura foi o pânico no seu melhor.
Saiu do tribunal com a perfeita consciência que não tinha nascido para aquilo.
Também ninguém lhe explicara nada. «Vá lá ver isto» e ponto. De repente dois calhamaços à frente e agora resolva-se. E claro, o Drª no final.«Drª?, o nome é Ana! E prefiro mil vezes respeito verdadeiro a formalidades hipócritas».
Foi um bom sintoma que a brincadeira não ía, nem podia, durar muito tempo.
Sentou-se à frente do computador e alterou o currículo,mas desta vez para alguma coisa que valesse mesmo a pena.
Brincar aos estagiários? Sim...como se brinca aos cursos de inglês,e de informática, e de cerâmica.
Acabar o estágio porque, neste caso, desistir não é uma prova de força ou de inteligência táctica mas sim uma parvoíce.
Então vamos acabar isto e depois brincar a outra coisa. Parabéns Marinho Pinto! Menos uma!
Tragédia no Mar
Há 11 meses
1 comentário:
Querida Dra Ana (pode ser assim?) :P
Se souberes trabalhar com flash e programar em AS3, posso ajudar-te a deixares a advocacia na gaveta das (más) memórias :D
beijos do leitor nº1,
Nuno
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