sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Pois...

Essa querida que atende pelo nome de Leonor Cipriano voltou a fazer das suas.

Este é um dos muito reduzidos casos em que valeu a pena ter um tribunal de júri. Um tribunal de júri é um tribunal colectivo onde estão presentes 3 juízes formados em Direito, que estudaram arduamente para ocupar aquele cargo e que sabem a diferença entre Justiça e Vingança. Ainda que muitas vezes a Justiça nos pareça branda (a nós e a eles), ainda assim os Juízes cumprem a sua árdua tarefa orientados pelos valores que lhes foram incutidos-pela vida e pelo estudo.

Neste tribunal estão também meia dúzia de civis que nada percebem de Direito(nem têm de perceber) e que são postos ali a avaliar a vida alheia sem estarem minimamente avalizados para o fazer. Claro que uma Justiça pensada nestes moldes têm tudo para degenerar-lógico.

Apesar de achar piada à «revenge, sweet revenge»(até desliza pela boca-revenge-parece que estamos a comer framboesas) não me parece que o tribunal seja o local ideal para a exercer.«-Olhei para a cara dele e vi logo que era culpado», «Então mas havia provas?»«-Quais provas? Era culpado, estava escrito na carinha dele». É mais ou menos isto. E sempre será melhor um culpado na rua que um só inocente lá dentro.

Anyway, tudo isto para dizer que fora a doce Leonor julgada num tribunal colectivo e não teria condenada por força da falta de provas indubitáveis acerca da sua culpa.In dubio pro reo.

No caso da Leonorzinha o que existe não são provas que não deixam margens para dúvidas mas sim uma quantidade enorme de indícios muito, muito, muito fortes. Prova=demonstração óbvia e clara de algo,incontestável. Indício= leva a crer em determinado facto mas não o prova,não demonstra que ele aconteceu mesmo.

Por exemplo, temos sangue humano nas paredes e no frigorífico com um determinado ADN mas não podemos dizer, só por isso, que ali existiu um homicídio.

Uma incongruência,uma mentira, um detalhe solto,(ou vários e todos ao mesmo tempo) não provam nada,mas lá que indiciam...lá isso...

Ainda bem, portanto que foi um tribunal de júri a julgar este caso e a dar os devidos ouvidos à investigação da PJ.

A senhora começou por ir chorar para a Fátima Lopes (o que me faz lembrar aqueles de Penafiel que bradavam aos céus com saudades da filha «raptada», e tinham 2 filhos entregues a outras pessoas porque eram negligentes, e quando a filha finalmente volta eles optam por ir à Fátima Lopes em vez de ir buscar a filha de quem tinham tantas saudades e não viam desde que ela tinha desaparecido da maternidade, adiando assim a entrega por mais 2 dias, caramba! deviam estar a morrer de desgosto).

Depois do teatrinho na tv e de ter sido detida começaram os boatos. Tão inacreditáveis que por não estarem provados não os vou reproduzir. Qualquer coisa a fazer lembrar os Maias mas em muito muito mau.

A doce Leonor sempre negou, não apenas que tivesse morto a filha,mas a morte da filha de todo em todo.

Eis que agora mudou de ideias e pelo que parece ninguém lhe bateu:

http://noticias.sapo.pt/info/artigo/908798.html

Pois....

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